Para entender o que são distorções, podemos definir que generalizar e eliminar em si é fazer uma distorção.
Distorção é você alterar o conteúdo original, logo, se nossa memória funciona com todos esses filtros, pensar é por si mesmo é distorcer a experiência real.
Sempre que estamos pensando, estamos levando a experiência da nossa memória para nossa consciência: Denominamos isso como levar da estrutura profunda até a estrutura superficial.
A estrutura profunda no metamodelo significa aonde estão nossas memórias intactas e reais, estrutura superficial é o que nós pensamos, ou seja, a experiência que passou pelos processos universais GED e está consciente para falarmos, imaginarmos e usarmos.
- Distorções em si mudam drasticamente nossos sentimentos e significados sobre nossa experiência
Distorcer é alterar o significado real da experiência, dar um significado para ela em si é distorcer.
Vamos a alguns exemplos:
A pessoa que olha para um cavalo e imagina uma utilidade para ele, como por exemplo, imagina ele puxando uma carroça. A pessoa está distorcendo a realidade e o conteúdo real para algo produtivo.
Um empreendedor que imagina algo que não existe, um arquiteto, um engenheiro, esta distorcendo a realidade. Todos esses exemplos são exemplos produtivos, agora, o psicótico que vê sangue em seus cereais de manhã também está distorcendo a realidade, porém de uma forma não muito útil.
Podemos expandir esses conceitos e falar que pessoas muito religiosas, espiritas, ateus, budistas, todos estão distorcendo a realidade e fazendo seus cérebros colocarem algo diante de seus olhos.
A distorção é uma habilidade natural do ser humano, é a mãe da criatividade, pois, criar é distorcer a realidade.
Quando a distorção não é produtiva, ela causa muitos problemas, um deles é denominado em metamodelo como: Nominalização. Veremos alguns exemplos:
- Eu sofro quando ela bate à porta
- Essa foi a minha decisão final
- Ela é infiel a mim e isso nunca mudará!
Sempre que falamos ou ouvimos pessoas falarem sobre sentimentos, na maioria das vezes elas estão distorcendo a realidade. Um bom exercício é você pôr o que a pessoa diz em um carrinho de compra de supermercado, se você não puder por algo dentro do carrinho, é uma distorção.
Exemplo: Coloque uma caixa de leite dentro do carrinho em sua mente, você colocou. Agora coloque amor dentro do carrinho. Não é possível por amor, pois, a palavra amor é abstrata, ou seja, amor é algo para cada pessoa, mas não é algo que se possa tocar, cheirar, sentir o sabor.
Como desafiamos esse exemplo?
Simples, é você pegar o substantivo e transformar em um verbo, por exemplo, se uma pessoa diz "Eu tomei essa decisão", perceba, não dá para você criar uma imagem, decisão não fica em um carrinho de compras, logo, decisão é substantivo, transforme-o em verbo, ficando:
"Sobre o que você está se decidindo?"
É fácil.
Distorções são diversas, e vamos ensinar sobre cada uma na parte de Desafios do Metamodelo.